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Interior impulsiona energia solar em São Paulo

fonte canal solar Campinas e Ribeirão Preto ficam à frente da capital e lideram a geração distribuída fotovoltaica no Estado A GD (geração distribuída) de energia solar no Estado de São Paulo se aproxima da marca dos 1 GW de potência instalada e dos cem mil sistemas conectados à rede, segundo dados da ANEEL (Agência Nacional de Energia Elétrica). O bom desempenho do estado paulista no segmento é impulsionado por cidades do interior, como Campinas e Ribeirão Preto, que, juntas, contam com mais potência instalada e sistemas conectados do que a capital. Atualmente, Campinas é a cidade que mais gerou energia solar em São Paulo, com 2,85 mil sistemas fotovoltaicos e 24,45 MW de potência instalada. De acordo com Marcelo Gradella Villalva, pesquisador da Unicamp (Universidade Estadual de Campinas), o município não lidera o ranking estadual por acaso. “A região de Campinas é pioneira e se apresenta como um dos principais polos de energia solar no Brasil. Em 2012, quando foi publicada a REN 482, já havia sistemas conectados à rede em funcionamento na cidade”, diz ele. Além das instalações em residências e comércios, Villalva destaca que a cidade tem o costume de apostar em projetos que valorizam a energia limpa. Um desses projetos envolve uma parceria entre a concessionária CPFL Paulista e a ANEEL, com doações de sistemas fotovoltaicos para ajudar instituições públicas e filantrópicas a reduzirem suas contas de energia. Uma das entidades beneficiadas pelo programa foi o Hospital Maternidade de Campinas, que recebeu mais de 360 placas para a captação da energia solar na primeira quinzena deste mês. A aplicação garantirá uma economia de 10,76% por mês ao complexo de saúde e evitará a emissão de 11,3 toneladas de CO² “A região respira uma atmosfera de sustentabilidade, desenvolvimento e inovação e acho que isso contribui também para a grande procura por sistemas fotovoltaicos, além de outros fatores como o custo de vida elevado, que estimula as pessoas na busca de soluções para reduzir o custo da energia elétrica”, comenta Villalva. Outros fatores que explicam o bom desempenho da cidade na geração de energia solar são as pesquisas e os cursos oferecidos pela Unicamp e a fábrica de painéis solares da BYD. “Num raio de poucos quilômetros temos a Unicamp, que realiza muitas pesquisas na área de energia solar e temos a BYD, fabricante de módulos fotovoltaicos e baterias, além de diversos distribuidores de equipamentos fotovoltaicos e empresas instaladoras”, conclui Villalva. Para Adalberto Maluf, diretor de Marketing e Sustentabilidade da BYD Brasil, Campinas ele sempre foi uma líder nacional nos temas de meio ambiente, sendo a primeira a fazer um inventário de emissões, além de possuir um plano de emissões climáticas “A própria BYD, por exemplo, tem uma usina de 5 MW em Campinas e que é fruto de um projeto de pesquisa e desenvolvimento dentro de uma parceira com a Unicamp”, comentou ele.

Ribeirão Preto

Hoje, Ribeirão Preto é a segunda cidade que mais gera energia solar no Estado de São Paulo. O município possui cerca de 2,67 mil sistemas conectados à rede e 24,34 MW de potência instalada. Trata-se de um número acima dos registrados pela capital paulista, que apresenta aproximadamente 2,62 mil unidades de GD fotovoltaica e uma potência de 21,53 MW. De acordo com dados da ANEEL, um dos motivos que a ajudam a explicar a colocação do município é a adesão da população urbana à energia solar. Dos 2,67 mil sistemas instalados na cidade, mais de 65% pertencem à classe residencial de consumo. O município, por exemplo, contabilizou um aumento de 108,8% no número de instalações de energia fotovoltaica no primeiro semestre de 2021. No período, foram 965 novos pontos de geração, contra 462 no mesmo período do ano passado. O aumento está relacionado a uma maior demanda por energia elétrica na pandemia, quando as famílias ficaram mais tempo em casa, além de ser um reflexo da elevação nas tarifas das concessionárias e da crise hídrica, incentivando mais pessoas a buscar fontes alternativas.

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