por enok
Gigante anglo-holandesa do petróleo acelera estratégia para neutralizar suas emissões
@fonteShell Uma das três maiores petroleiras do mundo, a Shell, assim como suas concorrentes, teve seus resultados financeiros devastadores em 2020 por conta da pandemia de Covid-19. E nesse cenário, após divulgar um prejuízo recorde de mais de US$ 20 bilhões, a companhia anglo-holandesa anunciou mudanças em seu plano estratégico, agora com mais espaço (e recursos) para iniciativas ambientais.
“Nossa estratégia acelerada reduzirá as emissões de carbono e entregará valor para nossos acionistas, clientes e sociedade em geral”, disse Ben van Beurden, CEO da Royal Dutch Shell. A petroleira deu mais detalhes de como alcançará a meta de se tornar uma empresa de emissões neutras até 2050, dentro dos termos de Acordo de Paris, firmado em 2015. Em linhas gerais, trata-se de um plano mais atrelado ao crescimento das cidades cada vez mais sustentáveis e cada vez menos dependentes de combustíveis fósseis.“Sejam nossos clientes motoristas, residências ou empresas, usaremos nossa escala global e marca confiável para crescer em mercados onde a demanda por produtos e serviços mais limpos é mais forte, entregando fluxos de caixa mais previsíveis e gerando retornos mais elevados.”O plano é empreender uma série de medidas e ações para migrar de uma empresa de petróleo e gás para uma companhia de produtos e serviços baseada em energia de emissão zero. Como já anunciado pela empresa, essa meta é bem abrangente, envolve todas as operações e considera as emissões de todos os produtos energéticos comercializados por ela. Nesse objetivo, a Shell, que já investe há alguns anos no setor de energia elétrica, quer se tornar a maior empresa do mundo nessa área já no início da década de 2030, o que se trata de uma meta bastante ambiciosa e que irá requerer investimentos bilionários ao longo dos próximos anos.Estações de recarga
Falando especificamente de infraestrutura para carros elétricos, a Shell planeja um crescimento bastante acelerado da sua rede global de recarga, atualmente com 60.000 estações de carregamento, para cerca de 500.000 pontos em 2025.No entanto, ao mesmo tempo quer aumentar sua base de clientes e planeja ampliar a sua rede de postos convencionais de 46.000 para 55.000 locais ao redor do mundo – o lado bom é que a empresa pretende disseminar a instalação de pontos de recarga também em seus postos de combustíveis.Brasil e os biocombustíveis
A empresa também enfatiza que os combustíveis de baixas emissões desempenham um papel fundamental para os seus negócios. A joint venture Raízen, que produz o etanol a partir da cana-de-açúcar no Brasil, anunciou recentemente a aquisição da Biosev. Com isso, a capacidade de produção de bioetanol da Raízen deve aumentar em 50%, para cerca de 3,75 bilhões de litros ao ano, cerca de 3% da produção global.
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